BELO HORIZONTE - Um cartaz que serviria para divulgar um seminário sobre inclusão social se transformou em polêmica numa faculdade particular de Muriaé, em Minas Gerais, por ter uma ilustração de duas mulheres se beijando. O caso provocou o cancelamento do evento e a demissão da coordenadora do curso de Serviço Social da faculdade.
Segundo os alunos do curso de Serviço Social da Faculdade de Minas (Faminas) teria exigido a retirada da ilustração do cartaz, que convida para debates sobre desigualdades e preconceito no III Congresso de Políticas Públicas - VII Semana de Serviço Social. Traz, também, imagens de negros, índios e portadores de deficiência física. O cartaz é semelhante à ilustração da capa da agenda do Conselho Nacional de Serviço Social.
- É um cartaz onde tem vários segmentos da sociedade brasileira que são excluídos. E a faculdade, mais que nunca, precisa contribuir para a defesa dos Direitos Humanos - disse o estudante de Serviço Social Vinicius Ventura.
A faculdade imprimiu o material de divulgação sem as imagens. A direção da Faminas afirmou que a ex-coordenadora do curso de Serviço Social sugeriu um cartaz que não teria sido aceito por não respeitar regras de layout já previstas pela instituição.
- A faculdade não tem nenhum preconceito. Nós apenas temos normas internas de divulgação e procuramos, dentro da parte interna de comunicação e de publicidade, estar divulgando aquilo que causasse impacto de leitura - afirmou o procurador da Faminas, Eduardo Goulart Gomes.
A ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas disse que preferiu cancelar o evento.
- Diante da recusa da instituição em autorizar a utilização dessa imagem, baseada no meu código de ética, nos princípios que constam no projeto ético-político que a profissão de Serviço Social tem, eu optei por cancelar o evento e informar aos alunos e aos palestrantes o motivo desse cancelamento - afirmou Viviane Pereira, ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas.
A representante do Conselho Regional de Serviço Social em Minas disse que a decisão da ex-coordenadora da Faminas está respaldada.
- Um dos nossos preceitos é a eliminação de toda forma de preconceito e o respeito à diversidade. Então ela (a ex-coordenadora) está respaldada pelo Código de Ética Profissional - afirmou a representante do Conselho Regional de Serviço Social Marina Castro
O Movimento Gay de Minas Gerais estuda denunciar a universidade ao Ministério da Educação.
- Apesar de permitir que o tema seja abordado intramuros, ela (a faculdade) não permite a associação da imagem à questão do combate à homofobia. Isso para nós é um contrassenso e nós vamos questionar isso - disse o presidente do Movimento Gay de Minas Gerais, Marco Trajano.
FONTE: O GLOBO
Segundo os alunos do curso de Serviço Social da Faculdade de Minas (Faminas) teria exigido a retirada da ilustração do cartaz, que convida para debates sobre desigualdades e preconceito no III Congresso de Políticas Públicas - VII Semana de Serviço Social. Traz, também, imagens de negros, índios e portadores de deficiência física. O cartaz é semelhante à ilustração da capa da agenda do Conselho Nacional de Serviço Social.
- É um cartaz onde tem vários segmentos da sociedade brasileira que são excluídos. E a faculdade, mais que nunca, precisa contribuir para a defesa dos Direitos Humanos - disse o estudante de Serviço Social Vinicius Ventura.
A faculdade imprimiu o material de divulgação sem as imagens. A direção da Faminas afirmou que a ex-coordenadora do curso de Serviço Social sugeriu um cartaz que não teria sido aceito por não respeitar regras de layout já previstas pela instituição.
- A faculdade não tem nenhum preconceito. Nós apenas temos normas internas de divulgação e procuramos, dentro da parte interna de comunicação e de publicidade, estar divulgando aquilo que causasse impacto de leitura - afirmou o procurador da Faminas, Eduardo Goulart Gomes.
A ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas disse que preferiu cancelar o evento.
- Diante da recusa da instituição em autorizar a utilização dessa imagem, baseada no meu código de ética, nos princípios que constam no projeto ético-político que a profissão de Serviço Social tem, eu optei por cancelar o evento e informar aos alunos e aos palestrantes o motivo desse cancelamento - afirmou Viviane Pereira, ex-coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas.
A representante do Conselho Regional de Serviço Social em Minas disse que a decisão da ex-coordenadora da Faminas está respaldada.
- Um dos nossos preceitos é a eliminação de toda forma de preconceito e o respeito à diversidade. Então ela (a ex-coordenadora) está respaldada pelo Código de Ética Profissional - afirmou a representante do Conselho Regional de Serviço Social Marina Castro
O Movimento Gay de Minas Gerais estuda denunciar a universidade ao Ministério da Educação.
- Apesar de permitir que o tema seja abordado intramuros, ela (a faculdade) não permite a associação da imagem à questão do combate à homofobia. Isso para nós é um contrassenso e nós vamos questionar isso - disse o presidente do Movimento Gay de Minas Gerais, Marco Trajano.
FONTE: O GLOBO
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